domingo, 22 de maio de 2011

DESENVOLVIMENTO INFANTIL (2 A 3 ANOS)

DESENVOLVIMENTO INFANTIL (2 A 3 ANOS)
Por volta de dois a três anos, a criança constrói seu pensamento e sua identidade através de um processo de imitar a outra pessoa e opor-se a ela. Jogos de alternância em que ela é ora o autor, ora objeto de um mesmo gesto, auxiliando a diferenciar eu e o outro.
·         AS BRINCADEIRAS DE FAZ DE CONTA SÃO MANIFESTAÇÕES DESSAS AÇÕES IMITATIVAS.
Através das atividades motoras e das imitações, a percepção de si se transforma, aos poucos, em consciência de si. Centrada em si mesma, terá dificuldade para emprestar ou repartir, tanto os brinquedos como possessividade. Brincar inclui ter os objetos para si.
·         A CRIANÇA DE DOIS A QUATRO ANOS É MAIS EGOCÊNTRICA DO QUE UMA CRIANÇA DE SEIS OU SETE.
Segundo Vygotsky, o processo de desenvolvimento do pensamento e da linguagem segue a mesma trajetória das outras funções psicológicas. O percurso é da atividade social, interpsíquica, para atividade individualizada, intrapsíquica. A criança primeiramente utiliza a fala socializada, com a função de comunicar, de manter um contato social. Mais tarde ela se torna capaz de utilizar a linguagem como instrumento de pensamento, com a função de adaptação pessoal.
O pensamento é de uma criança pré-operacioanl são egocêntricos, isto é, ela vê o mundo apenas do seu ponto de vista, sem ter consciência que existem outros pontos de vista. Ela acredita que todos pensam como ela e nunca questionam seus próprios pensamentos “o egocentrismo esta presente em todos os comportamentos das crianças pré-operacional.
Os desenhos representados pelas crianças pré-operacional não inclui no início o desejo de representar alguma coisa. Os usos precoces do lápis, do giz de cera e do pincel resultam nas garatujas à medida que se desenvolve ela se esforça para retratar pessoas, animais e objetos de forma mais realista.
·         A linguagem falada é uma forma de conhecimento social. O desenvolvimento da linguagem falada proporciona a criança, além da possibilidade de um rico intercâmbio sócio-afetivo, a facilitação do desenvolvimento conceitual que ocorre no estágio pré-operacional

·         PERÍODO PRÉ-OPERACIONAL: Seguindo o caminho da evolução, a criança passa de um nível de inteligência sensório-motora para a inteligência representacional. “Isto significa que a criança se torna apta a representar internamente (mentalmente) objetos e eventos e subsequentemente tornando capaz (cognitivamente) resolver problemas através de representação” diz Wadsworth desse momento em diante, o movimento intelectual da criança se dá mais na área simbólica do que na área motora.

A capacidade de representação de objetos e eventos é a principal conquista do estágio pré-operacional, dando o surgimento da função simbólica possibilita a vivência da imitação diferida, do jogo simbólico, do desenho, das imagens mentais e da linguagem falada.
·         A IMITAÇÃO DIFERIDA É A IMITAÇÃO DE OBJETOS JÁ DISTANTES HÁ ALGUN TEMPO, SENDO POSSÍVEL, POIS, A CRIANÇA JÁ POSSUIU A CAPACIDADE DE REPRESENTAR MENTALMENTE (RECORDAR) IMITAR O COMPORTAMENTO SEM QUE O MODELO ESTEJA PRESENTE.
O JOGO SIMBÓLICO? A criança brinca com os objetos, dando a eles um significado real. Ela faz com que o objeto simbolize outro. Nada mais é que uma atividade de cunho imitativo em que situações são representadas.
MARCOS NORMAIS EVOLUTIVOS NA FASE DE 1 A DOIS ANOS:
·         Nesta fase se dá a formação do apego aos adultos e aos objetos;
·         Após engatinhar, ele caminha desajeitado, depois de controlar as pernas, corre e escala degraus;
·         Na área motora fina rabisca e pinta em grandes papeis e no corpo;
·         Testa limites, é muito importante, mostrar o seu ligar até a onde pode ir ou o que deve fazer também isso leva a confiar no adulto, nem sempre o controlar os seus impulsos, pois ele deve aprender a confiar em si mesmo;
·         Quando os limites não são bem claros ele tende a testar para saber até a onde ele deve ir;
·         A criança precisa que a dêem limite para saber que pode confiar no adulto e que alguém esta a lhe cuidar.

Piaget que a atividade intelectual não pode ser preparada do funcionamento total do organismo. Para que ocorra o conhecimento cognitivo é necessário que a criança atue sobre o meio ambiente. O conhecimento é resultante das ações da criança há três tipos de conhecimento: O conhecimento físico, conhecimento lógico-matemático, conhecimento social.
CONHECIMENTO FISICO: Abrange as características físicas dos objetos e dos fatos: tamanho, forma, textura, movimento, etc. Esse conhecimento é adquirido através do contato, da observação e da manipulação dos objetos. Os brinquedos se tornam conhecidos através do brincar.
CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO: É estruturado a partir do pensar sobre as experiências com objetos e eventos. As ações da criança sobre os objetos é que vão possibilitar a construção do conhecimento lógico-matemático. Esse conhecimento é produto das experiências que a criança faz com os objetos. Muitas vezes, é resultado de relações e comparação entre os brinquedos. Brincar propicia o desenvolvimento do pensamento lógico.
CONHECIMENTO SOCIAL: É realizado pela criança a partir de suas ações com outras pessoas. Na interação com outras crianças e com adultos, surgem as oportunidades para a construção do conhecimento social.
Fonte: cadernos pedagógicos vol.1 Programa Fundo do Milênio para primeira infância. 2005


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