DESENVOLVIMENTO INFANTIL (3 A 4 ANOS)
Aspectos sócio-afetivos do desenvolvimento infantil: Segundo Wallon, o desenvolvimento humano é um processo de individuação crescente desde o nascimento através da interação social. O ambiente o qual a criança está inserida é recurso básico de desenvolvimento, as atividades da criança é oportunizada tanto pelos recursos materiais disponíveis quanto pelas diversas interações que vivencia com outras pessoas. O esforço que a criança faz para compreender o mundo, atribuindo-lhe significados, obriga-a a exercitar ações cada vez mais complexas.
MATERNAL
Aos três anos, a criança manifesta a crise de oposição caracterizada pela necessidade de afirmação e independência, incluindo muitas rivalidades. Será a criança “DO CONTRA”, que recusa as propostas dos adultos e que frequentemente tem um “NÃO” como resposta.
Nas palavras de Wallon, esta é a idade negativista no Não, do Eu, do Meu. Por necessidade de auto-afirmação, ela TENTA IMPOR SEU PONTO DE VISTA. Fazer valer seus caprichos e oposições. Durante o período personalista (3 a 5 anos), a criança começa a se dar conta de que é uma pessoa particular.
Ela sabe que faz parte de uma família e está orientada quanto à idade, ao número de irmãos e a ordem de nascimento. Se tornam atenta ás suas atitudes, ao seu comportamento. Surge a necessidade da imitação. Com o Eu ainda frágil, precisa da admiração dos outros para contemplar seus desenhos e feitos, e tornar-se algumas ocasiões, “EXIBIDA”.
Neste momento a criança mostrará interesse por atividades de faz de conta em que irá copiar situações vividas em seu ambiente, experimentando diversos papeis e personagens. Brincar é muitas vezes imitar. O jogo simbólico possibilita a manifestação de suas fantasias, de seus desejos, de suas necessidades.
Através do brincar ela pode revelar seus sentimentos, realizar compensações, resgatar seu equilíbrio emocional.
É importante que a criança experimento revezamento de papeis, isto é, que a ninguém seja permitida a exclusividade sobre determinada personagem. Deve ser permitindo aos meninos a as meninas representar papeis masculinos e femininos. Nenhum deles sofrer qualquer espécie de prejuízo ou pré-juizo.
Ao contrário diferentes papeis possibilitam a vivência de diferentes sentimentos do seu colocar no lugar do outro e sensibilizar com o outro.
BRINCAR INCLUI EXPERIMENTAR DIVERSOS SENTIMENTOS E SENSAÇÕES.
A prática dos jogos de regras dá á crianças oportunidades de aprender a competir, a esperar sua vez de jogar e a lidar com sucesso e frustrações. Estas são situações lúdicas que devem proporcionar prazer e desenvolvimento. “A evolução afetiva e social da criança obedece a ás leis do mesmo processo geral, visto que os aspectos afetivos, sociais e cognitivos da conduta são, de fato, indissociável, afirma Piaget e Inhelder”.
BRINCAR PROPORCIONA MUITAS APRENDIZAGENS SOCIASI E CRESCIMENTO EMOCIONAL.
Os jogos coletivos, em geral, incluem acordos sobre regras da brincadeira e a distribuição de papéis já as crianças maiores exigem um bom desempenho das menores. Desenvolvendo o espírito de competitividade, todos desejam ganhar, mas as crianças de cinco e seis anos são mais exigentes do que as de três e quatro anos, exigindo do professor melhor elaboração nas brincadeiras riqueza em detalhes e regras, pois elas já começam a demonstrar sua opinião (criticar). Brincar é interagir, socializar, divertir, conviver com os iguais.
Segundo Piaget, 2 a 4 anos acontecem o período pré-operacional, o qual a criança age intensamente sobre o objeto, buscando construir conceitos, principalmente através de experiência com o meio físico e social e conseqüentemente construindo o conhecimento do mundo a que cerca.
CURIOSIDADES:
ü A partir dos três anos, a criança já entoa todo o repertorio de seu meio, cantando integralmente muitas das músicas conhecidas.
ü O jogo simbólico da criança de quatro anos vai se aproximando do real mostra-se mais coerente nas ações e fala. Surge a preocupação com o material para contemplar a brincadeira, havendo também atenção a detalhes para que o jogo esteja o mais próximo possível da “verdade”.
ü As crianças de três anos apesar de estar no período pré-operacional ainda esta transitória ao período sensório-motor e projetivo. Interessasse pela a descoberta e manipulação dos objetos. Projetivo equivalente a simbólico, tendo adquirido a função simbólica, seus gestos e postura agora traduzem idéias.
ü A criança constrói seu pensamento e sua identidade através de um projeto de imitar a outra pessoa e opor-se a ela. Onde ela é ora autor, roa objeto do mesmo gesto, Auxiliando diferenciar o eu do outro.
ü A criança manifesta a crise de oposição caracterizada pela a necessidade de afirmação e de independência, incluindo muitas rivalidades. Nas palavras de Wallon está é a idade negativista.
ü Segundo Freud a criança nesta idade também inicia a fase anal para algumas mais cedo outras mais tarde, o prazer da criança esta ligada a excitação da mucosa anal, na expulsão e contenção das vezes, Freud também coloca que é uma etapa voltada ao controle e dominação das vezes, nesta fase a criança tem maior clareza do que esta dentro e fora.
O QUE A CRIANÇA JÁ CONSEGUE FAZER:
ü Pedala sozinha, vesti e tira a roupa, segura o lápis, giz de cera ou caneta na posição da pinça. Consegue desenhar figuras conhecíveis.
ü Como reage: torna-se social com as demais crianças, demonstra interesse pelo o sentimento alheio. Tenta confortar os pais se percebe que estão tristes.
ü Como se comunica: compreende os conceitos de igual ou diferente. É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor. Lembra, cria e conta historia. Começa a questionar tudo. É popular a frase dos por quê?
HÁBITOS DA VIDA DIÁRIA:
ü Costuma comer bem e parece que sua bateria nunca acaba;
ü Demonstra interesse por jogos coletivos (regras);
ü Mostra preferência por roupas, penteados e cortes de cabelo.
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RELAÇÕES COM OS OUTROS:
ü BRINCA EM GRUPO DE TRES OU QUATRO CRIANÇAS;
ü É EGOCÊNTRICA, MAS JÁ COMEÇA A BRINCAR COM MENINOS E MENINAS JUNTOS;
ü BRINCA DE FAZ DE CONTA;
ü FAZEM MUITAS PERGUNTAS GOSTAM DE CONÇÕES E JOGOS INTERATIVOS.
ü DEMONSTRA ENTEDER QUE EXISTEM PERGUNTAS E RESPOSTAS, APENAS NÃO CONSEGUEM FORMULAR RESPOSTAS SEM QUE HAJA PERGUNTAS.
Fonte: Olhares das ciências sobre as crianças. - UNESCO, Banco Mundial, Fundação Maurício Sirotisk Sobrinho, 2005. 62 p. – (Série Fundo do Milênio para a Primeira Infância: Cadernos Pedagógicos; 1)
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